É necessário verificar alguns fatores, os quais colocarei em tópicos para facilitar o entendimento prático ao invés de simplesmente ser um texto bonito. Segue:
1- ATIVOS: É importante verificar os ativos que a empresa possui, que nada mais são que seus bens e direitos. É válido ainda verificar os fluxos de caixa que esse ativo pode gerar, após o pagamento de taxas e impostos.
2- AMBIENTE: É importante verificar as condições externas que afetam o desempenho e o resultado da empresa. Existe mercado para os produtos que esta empresa vende hoje? E no futuro, tende a continuar existindo ou é um mercado que é frágil à medida que a tecnologia avança? Neste mercado existe monopólio ou o mercado é livre? Existem produtos substitutos? Quem são os clientes? Quais são os concorrentes? Além disso é importante questionar qual é a taxa de juros básica da economia?
3- AVALIAÇÃO DO RISCO: O risco é a probabilidade de se ter um resultado diferente do esperado, para mais ou para menos. O risco total envolve duas partes:
a) sistêmico (refere-se a fatores que afetam todas as empresas, e não pode ser eliminado por meio de diversificação, como por exemplo as variações macroeconômicas como taxas de juros, inflação ou nível de atividade econômica);
O coeficiente beta ou índice de risco sistêmico do ativo mensura o risco não diversificável. Mede a sensibilidade de um ativo em relação aos movimentos do mercado. Por definição o beta do mercado é igual a 1, assim quando temos uma ação com beta > 1 significa que ela é de alto risco, pois sua rentabilidade varia mais que o proporcional ao mercado. Entre 0 e 1, significa que o ativo tem pouco risco. Abaixo de 0 significa que o ativo se move em direção oposta ao mercado, o que é raro. Já o beta = 0 quer dizer que o ativo é indiferente às variações do mercado;
b) não sistêmico: é o risco atribuído a eventos específicos da empresa e parte dele pode ser eliminado pela diversificação, como por exemplo ativos de renda fixa e de renda variável.
4- AVALIAÇÃO DO RETORNO: O retorno representa o total do ganho ou prejuízo obtido em um investimento durante determinado período. O retorno pode ser comparado com a Taxa Selic (representa a média ponderada das operações de financiamento por um dia no mercado interbancário brasileiro, lastreadas em títulos públicos federais e realizadas no Selic – Sistema Especial de Liquidação e Custódia) ou com o Ibovespa (mais importante indicador de desempenho do mercado interbancário brasileiro, pois retrata o comportamento das principais ações negociadas na BOVESPA, já que é composto por uma carteira teórica de ações que representam mais de 80% das negociações do mercado à vista).